Dr. João Paulo Brighenti

Entendendo as principais características da dor torácica e identificando
sinais de alerta
.

A dor no peito pode ser assustadora, especialmente quando você não sabe o que está causando essa sensação desconfortável.

Vamos te ajudar a entender melhor os sinais e saber quando é necessário procurar ajuda médica. É importante lembrar que somente um profissional de saúde poderá fornecer um diagnóstico preciso.

Diferentes tipos de dor no peito

Felizmente, de todas as dores no peito, a maioria representa causas benignas que não requerem preocupação , já que o nosso tórax abriga diferente órgãos, como o pulmão, músculos, esôfago, ossos, o próprio coração, entre outros.

Algumas dores podem ser relacionadas à musculatura, problemas digestivos, ansiedade, entre outros. A dor de um infarto, entretanto, tem características específicas, que não podem passar despercebidas.

DORES NO PEITO

Características da dor de um infarto

 Se a dor no peito fosse um alarme de incêndio, a dor de um infarto seria como um alarme alto e persistente, enquanto outras dores seriam alarmes mais baixos e intermitentes.

A dor do infarto geralmente se apresenta como uma pressão, aperto ou queimação no centro do peito, podendo irradiar para o braço esquerdo, ombros, pescoço, mandíbula e até mesmo para as costas.

É como se um elefante estivesse sentado no seu peito, e essa sensação pode durar de alguns minutos a várias horas. A dor pode ser contínua ou intermitente e geralmente não melhora com repouso ou mudança de posição.


Médico especialista em doenças do coração

O médico especialista em doenças cardíacas, como alterações de Pressão alta, Dor no peito, Infarto, Arritmias, Alterações no colesterol, e etc, e suas complicações, além de prevenção cardiovascular e check-ups, é o CARDIOLOGISTA.

Dr João é médico Cardiologista especialista em doenças do coração, em Joinville e região. Formado no Hospital Hans Dieter Schdmit, tem experiência em tratamento de várias doenças cardiovasculares, sempre com foco no paciente e no atendimento de excelência.


 Sinais de alerta

Se a dor no peito fosse um semáforo, os sinais de alerta seriam o sinal vermelho, indicando que você deve procurar ajuda médica imediatamente. Além da dor característica, o infarto pode vir acompanhado de outros sintomas, como:

  1. Falta de ar: como se você estivesse tentando respirar com um travesseiro sobre o rosto.
  2. Suor frio: mesmo que não esteja calor ou fazendo exercício físico.
  3. Náusea e vômito: como se você tivesse comido algo que não caiu bem.
  4. Tontura ou desmaio: parecido com a sensação de estar em uma montanha-russa.
  5. Fraqueza ou fadiga: como se você tivesse acabado de correr uma maratona, mesmo sem fazer exercício físico.

 Quando procurar ajuda médica

Se você estiver experienciando dor no peito com as características e sinais de alerta mencionados acima, é crucial procurar atendimento médico imediatamente.

O tempo é crucial para minimizar os danos ao coração. Lembre-se de que é melhor prevenir do que remediar, e não hesite em buscar ajuda se estiver em dúvida.

Em suma, a dor no peito pode ter várias causas, mas é importante ficar atento às características específicas da dor do infarto e aos sinais de alerta. Apenas um profissional de saúde poderá fornecer um diagnóstico preciso e indicar o tratamento adequado.

Ambulancia

 Fatores que diminuem a chance de da dor no peito ser infarto

Embora seja essencial estar atento aos sinais de um possível infarto, também é importante considerar fatores que podem diminuir essa probabilidade. Existem características e situações que tornam menos provável que a dor no peito seja resultado de um problema cardíaco. Vamos explorar alguns desses fatores a seguir:

1. Idade e histórico médico

A idade é um fator importante a ser considerado. Indivíduos mais jovens, especialmente aqueles com menos de 30 anos e sem histórico familiar de doença cardíaca, têm menor probabilidade de sofrer um infarto. Além disso, pessoas sem histórico de hipertensão, diabetes ou colesterol alto também apresentam menor risco.

2. Características da dor

A dor no peito de origem não cardíaca tende a ter características diferentes da dor do infarto. Por exemplo, se a dor é aguda, localizada em um ponto específico, e piora com movimentos ou pressão no local, é mais provável que seja de origem muscular ou óssea.

Dor no peito

3. Alívio da dor com medicamentos ou repouso

Se a dor no peito diminui ou desaparece após tomar medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios, como ibuprofeno ou paracetamol, ou após descansar, é menos provável que seja um infarto. A dor de um infarto tende a não melhorar com esse tipo de medicamento ou repouso.

4. Associação com exercícios ou esforço físico

Dores no peito que aparecem apenas algumas horas ou dias após atividades físicas intensas e desaparecem também após alguns dias, provavelmente estão estão relacionadas a problemas musculares ou respiratórios. No entanto, é importante ressaltar que a dor no peito que inicia ao esforço físico pode ser um sinal de angina, uma condição que requer atenção médica.

5. Sintomas associados

Dores no peito acompanhadas de sintomas típicos de problemas digestivos, como azia, arrotos, sensação de estômago cheio ou distendido, podem indicar refluxo gastroesofágico ou indigestão, em vez de um infarto.

É importante lembrar que, mesmo diante desses fatores que reduzem a probabilidade de um infarto, somente um profissional de saúde poderá fornecer um diagnóstico preciso. Em caso de dúvida, não hesite em buscar ajuda médica.

 Fatores que aumentam a chance da dor no peito ser infarto

  • Idade avançada: A probabilidade de um infarto aumenta conforme a idade avança, principalmente após os 45 anos para homens e 55 anos para mulheres.
  • Histórico familiar: Se você tem parentes próximos que já sofreram um infarto, suas chances de também sofrer um infarto aumentam.
  • Tabagismo: Fumar aumenta o risco de infarto, já que as substâncias presentes no cigarro prejudicam o sistema circulatório e o funcionamento do coração.
  • Hipertensão arterial: O aumento da pressão arterial pode causar maior esforço do coração e, consequentemente, aumentar o risco de infarto.
  • Diabetes: Pessoas diabéticas possuem um risco aumentado de infarto, pois o excesso de açúcar no sangue pode danificar os vasos sanguíneos e o coração.
  • Obesidade: O excesso de peso pode sobrecarregar o coração e aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como o infarto.
  • Sedentarismo: A falta de atividade física contribui para o aumento do risco de infarto, pois favorece o acúmulo de gordura no organismo e o mau funcionamento do coração.
  • Colesterol alto: Altos níveis de colesterol podem levar ao acúmulo de placas de gordura nas artérias, dificultando a passagem do sangue e aumentando o risco de infarto.
  • Estresse: O estresse crônico pode causar alterações no organismo que aumentam o risco de infarto, como o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca.

E se eu realmente tiver infartado?

Muita calma nessa hora! Antigamente infarto significava na maioria das vezes morte, cirurgia ou invalidez definitiva. Hoje, felizmente, a área de emergências cardiológicas é uma das que mais avançou na medicina nos últimos 30 anos.

Sabemos que se o infarto for reconhecido e tratado precocemente (Preferencialmente antes de 2 horas) podemos reestabelecer o fluxo da artéria entupida de forma total, evitando as sequelas causadas pela falta de sangue naquela região do coração – Perda de função daquele tecido cardíaco, que pode causar arritmias graves, insuficiência cardíaca ou até morte.

Hoje temos a disposição 3 formas de tratar o infarto agudo:

  • Cateterismo cardíaco: Procedimento realizado com o paciente acordado e lúcido, onde se introduz um pequeno cateter pelo artéria do braço ou da virilha até as artérias do coração. Chegando lá, se introduz uma substancia chamada CONTRASTE. Essa medicação é detectada pelo Raio-x , assim conseguimos identificar exatamente o ponto de obstrução e assim tratar a artéria obstruída (Com Stent, a famosa “molinha’).
  • Cirurgia de revascularização miocárdica: Popularmente conhecida como “Ponte de safena”, é uma cirurgia de grande porte, de grosso modo falando, aonde é retirado um pedaço de uma artéria ou veia do próprio paciente, conectando um ponto onde o fluxo sanguíneo está normal, a um ponto a frente de onde se esta obstruído.
  • Tratamento clinico: Neste caso, a desobstrução da artéria entupida é realizada através de medicações, sem nenhum procedimento invasivo associado. Realizados essa abordagem somente quando o cateterismo não está disponivel, pois ele pode “afinar” o sangue em locais não desejados, como cérebro e estômago, gerando sangramentos que muitas vezes podem se tornar tão graves quanto o próprio infarto.

Lembrando que todos os métodos tem suas vantagens e desvantagens, riscos e benefícios, e sempre devem ser avaliados individualmente por um médico cardiologista treinado!

Na dúvida, agende sua consulta, será um prazer atende-lo!

Fonte:

João Paulo Souza Brighenti – Doctoralia.com.br

http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2002/7903/Toracica.pdf

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